quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dewey: o método por descoberta

A base teórica e os primeiros ensaios do "Método de Projetos" foram realizados por John Dewey.
Dewey acreditava que, mais do que uma preparação para a vida, a educação era a própria vida. Assim, aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante de fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos e ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada.

MARIA MONTESSORI

Notamos especialmente a devoção à inteligência em contraposição à força, justamente aquilo que a pedagogia preza através de suas ações, seja naquele lado do mundo ou neste em que nos encontramos.“o fraco e flexível é mais forte que o forte e rígido” ou ainda “que o mundo não pode ser plasmado a força” e que, por isso, “ao sábio não interessa a força”...
Percebemos nessas linhas apenas um pouco daquilo que podemos considerar como a mística oriental celebrada com sabedoria e simplicidade
“A criança não pode levar uma vida normal no mundo complicado dos adultos. Todavia é evidente que o adulto, com a vigilância contínua, com as admoestações ininterruptas, com suas ordens arbitrárias, perturba e impede o desenvolvimento da criança. Dessa forma, todas as forças positivas que estão prestes a germinar são sufocadas; e a criança só conta com uma coisa: o desejo intenso de livrar-se, o mais rápido que lhe for possível, de tudo e de todos”.
(Maria Montessori).

Paulo Freire: a educaçao progressista e emancipadora

O professor precisa perceber como descreve Paulo Freire, a importância da
organização de seu trabalho para a realização efetiva de suas atividades diárias objetivando o alcance maior de sucesso com seus alunos, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Isso significa que o professor que busca e questiona, atua efetivamente no resultado positivo em sala de aula, tanto nas avaliações propriamente ditas, como na formação de educandos conscientes e críticos. Essas atividades são inerentes à natureza do trabalho do professor e podem ser entendidas como inerentes, também, às atividades do pesquisador.
“Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu
entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade
ou forma de ser ou de atuar, que se acrescente à de ensinar. Faz
parte da natureza da prática docente a indagação, a busca e a
pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente,
o professor se perceba e assuma, porque professor, como
pesquisador”. (MOURA & BARBOSA, 2006 apud FREIRE, 2002)

Fernando Hernandez

Destaca como princípios da Metodologia de Projetos.
“Métodos de projetos, centros de interesse, trabalho por temas,
pesquisa do meio, projetos de trabalho são denominações que se
utiliza de maneira indistinta, mas que respondem a visões com
importantes variações de contexto e conteúdo” (HERNADEZ, 1998).
“É necessário destacar o fato de que as diferentes fases e atividades
que se devam desenvolver num projeto ajudam os alunos a serem
conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do
professorado responder aos desafios que estabelece uma
estruturação muito mais aberta e flexível dos conteúdos escolares".
(HERNÁNDEZ, 1998)
Contempla os projetos como eixo central da filosofia construtivista na sala de aula dizendo que “... aprender a pensar criticamente requer dar significado à informação, analisá-la, sintetizá-la, criar novos materiais e idéias,... e envolver-se mais na tarefa de aprendizagem”.
“... os projetos de trabalho além de conectar-se com uma tradição
educativa que trata de vincular o que se aprende na escola com as
preocupações dos alunos, as questões controversas, os problemas
que estabelecem a realidade fora da escola e de fazer com que os
alunos chegassem a ser protagonistas da aprendizagem...”
(HERNANDEZ & VENTURA, 1997)

Ovide Decroly: médico e educador belga

O médico e educador belga defendia a idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo. O primeiro a tratar o saber de forma única. Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender.

Friedrich Froebel: O criador dos jardins-de-infância

O criador dos jardins-de-infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática.
Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade.
Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como:
• o educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade;
• o educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade;
• o educador deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que com mão flexível, mas firme, exija e oriente. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta mas deixa em liberdade, é firme mas concede;
• o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento: vão desde que o homem nasce até a adolescência.
Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e liberdade.

Pestalozzi: Mentor e reformador da escola popular

Considerado um grande humanista e pedagogo, cuja Filosofia contribuiu para a educação moderna, que se prolongou até aos nossos dias.

Resume-se assim as principais idéias da pedagogia Pestalozziana:

1ª “Idéia da educação humana baseada em a natureza espiritual e física da criança”;

2ª Idéia da educação como desenvolvimento interno, formação espontânea, embora necessitada de direção;

3ª Idéia da educação baseada nas circunstâncias em que se encontra o homem;

4ª Idéia da educação social e da escola popular, contra a anterior concepção individualista da educação.

5ª Idéia da educação profissional, subordinada à educação geral.

6ª “Idéia da educação religiosa íntima, não-confessional;” (A pedagogia no século XVIII, pág. 178*).

terça-feira, 4 de maio de 2010

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ASPECTOS GERAIS DOS PROJETOS


a) Não existe passos formais, ordem pré-estabelecida, nos projetos. Existe contudo uma seqüência natural de passos: imaginar alguma coisa, projetá-la claramente, recorrendo à informação e à pesquisa, executá-la e julgá-la.
b) Convêm que os projetos sejam propostos pelos próprios alunos e orientados pelo professor. Se não houver iniciativa da classe, o professor fará propostas.
c) O projeto implica ensino globalizado. Não há disciplinas isoladas.
d) O projeto conduz ao trabalho em comunidade. A tarefa nunca é de um só, mas de toda a classe ou de grupos.
e) Proposto o trabalho, o professor torna-se um conselheiro discreto, atendendo solicitações, encaminhando, estimulando neste ou naquele ponto. Orientar sempre, sem contudo impor ou inibir iniciativas.
f) O sistema de projetos não oferece desculpas para a indulgência ou mero capricho dos alunos, nem justificações para a indisciplina ou desculpa para o trabalho descuidado.












GRANDES PENSADORES

HISTÓRIA

Pensar a escola, uma aventura de 2 500 anos

SÓCRATES - O mestre em busca da verdade
PLATÃO - O primeiro pedagogo
ARISTÓTELES - O defensor da instrução para a virtude
SANTO AGOSTINHO - O idealizador da revelação divina
TOMÁS DE AQUINO - O pregador da razão e da prudência
ERASMO DE ROTERDÃ - O porta-voz do humanismo
MARTINHO LUTERO - O autor do conceito de educação útil
MICHEL DE MONTAIGNE - O investigador de si mesmo
COMÊNIO - O pai da didática moderna
JOHN LOCKE - Um explorador do entendimento humano
JEAN-JACQUES ROUSSEAU - O filósofo da liberdade como valor supremo
JOHANN HEINRICH PESTALOZZI - O teórico que incorporou o afeto à sala de aula
JOHANN FRIEDRICH HERBART - O organizador da pedagogia como ciência
FRIEDRICH FROEBEL - O formador das crianças pequenas
AUGUSTE COMTE - O homem que quis dar ordem ao mundo
KARL MARX - O filósofo da revolução
HERBERT SPENCER - O ideólogo da luta pela vida
ÉMILE DURKHEIM - O criador da sociologia da educação
JOHN DEWEY - O pensador que pôs a prática em foco
MARIA MONTESSORI - A médica que valorizou o aluno
OVIDE DECROLY - O primeiro a tratar o saber de forma única
ÉDOUARD CLAPARÈDE - Um pioneiro da psicologia infantil
HENRI WALLON - O educador integral
ALEXANDER S. NEILL - O promotor da felicidade na sala de aula
ANTON MAKARENKO - O professor do coletivo
ANTONIO GRAMSCI - Um apóstolo da emancipação das massas
CÉLESTIN FREINET - O mestre do trabalho e do bom senso
JEAN PIAGET - O biólogo que pôs a aprendizagem no microscópio
LEV VYGOTSKY - O teórico do ensino como processo social
ANÍSIO TEIXEIRA - O inventor da escola pública no Brasil
CARL ROGERS - Um psicólogo a serviço do estudante
B.F. SKINNER - O cientista do comportamento e do aprendizado
HANNAH ARENDT - A voz de apoio à autoridade do professor
FLORESTAN FERNANDES - Um militante do ensino democrático
PAULO FREIRE - O mentor da educação para a consciência
EDGAR MORIN - O arquiteto da complexidade
MICHEL FOUCAULT - Um crítico da instituição escolar
LAWRENCE STENHOUSE - O defensor da pesquisa no dia-a-dia
PIERRE BOURDIEU - O investigador da desigualdade
EMILIA FERREIRO - A estudiosa que revolucionou a alfabetização
HOWARD GARDNER - O cientista das inteligências múltiplas