domingo, 18 de julho de 2010

Mapas Conceituais

Procuram refletir a organização conceitual de um corpo de conhecimentos.

Os Mapas Conceituais podem ser usados como apoio à representações de conhecimento. Com eles pode-se representar e organizar conceitos ou concepções acerca de determinado assunto e também podem ser usados por estudantes para descrever o seu entendimento sobre um determinado assunto.

Gravidez na Adolescência

segunda-feira, 12 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Currículo

• Que currículo é este que se desenvolve em projetos com o uso de tecnologias?

Pode-se dizer que, na era da tecnologia, o currículo escolar se forma a partir das necessidades de cada escola e de cada aluno.
Muito se tem discutido acerca da inserção de recursos tecnológicos no ambiente escolar, fato justificável pela sua forte presença no nosso cotidiano, tornando-se necessário o uso destes recursos pela escola, trazendo mudanças significativas para a educação, aproximando-a do contexto global. Tais recursos podem favorecer o aprendizado, a construção dos processos cognitivos, apreensões e percepções do mundo, vindo dessa forma incentivar o ensino e promover a aprendizagem tanto de alunos como de professores.
Clara Pereira Coutinho, ressalta que a tecnologia só faz sentido se usada com intencionalidade ou integrada na concepção e desenvolvimento de todo um projeto curricular.
Considera a teoria do currículo como prática e práxis com abordagem que permite a integração da tecnologia educativa ao currículo.
A tecnologia deve ser usada para uma ação transformadora da sala de aula: o professor deve utilizá-la criticamente em situações criadas a partir da realidade do aluno, praticando novas propostas pedagógicas na construção do conhecimento, visando atuação crítica e reflexiva do aluno sobre a realidade.
Pelo que foi exposto, na sociedade atual, torna-se necessário refletir sobre o domínio das tecnologias e seu uso na escola como integrantes da formação inicial do professor, garantindo uma base de conhecimento para a sua atuação na sala de aula. Mais uma vez a televisão, o vídeo e a Internet podem apresentar uma possibilidade pedagógica relevante neste contexto.


• O que compreendemos por currículo?

Currículo é o conjunto programado de atividades educacionais, organizadas para promover o conhecimento dos alunos. É uma necessidade do trabalho do educador. Momento de reflexão, de escolha, de planejamento.
O currículo é definido pelo conjunto de saberes produzido na escola. Numa proposta de Projeto de aprendizagem, é trabalhar projetos com grupos de alunos que tenham interesses comuns, partindo deles a escolha dos temas de estudo.
Neste sentido, o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. É importante dizer que, para a formação do currículo escolar individual de cada aluno, a organização da vida particular de cada um constitui-se no principal instrumento de trabalho para que o professor possa explorar no desenvolvimento de suas atividades. A escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar do educando.

3. Currículo hoje

• Que currículo é praticado hoje?


O currículo é um saber que se constrói diariamente e a partir do interior da escola.
As tecnologias presentes no quotidiano, como a televisão e a Internet, contribuíram nos últimos anos para redefinir o papel do professor e tecem hoje redes de conhecimento que desempenham um papel primordial na redistribuição do saber.
Não queremos com isso dizer que o conteúdo perdeu a sua importância, mas salientamos a necessidade premente de mudar a forma de trabalhar conceitos, informações, procedimentos e regras, procurando partir do que é significativo para o aluno, e criar situações que favoreçam transformar os conhecimentos do senso comum em conhecimento científico.
Internet, celulares, computadores, laptops. Parece impossível imaginar a vida moderna sem essas palavrinhas. A tecnologia está presente em praticamente todas as etapas da nossa vida –do lazer ao trabalho– e também pode ser de grande ajuda na educação. A integração da tecnologia de informação e comunicação - TIC na educação traz uma perspectiva inovadora.


4. Indagações sobre currículo

• Como podemos enfrentar os desafios que levem à concretização do projeto de escola democrática?

Na medida em que trabalhamos sob a perspectiva dos currículos praticados, partimos justamente do princípio de que eles sofrem a influência daqueles que o trabalham na prática, ou seja, de toda a comunidade escolar. E essa influência é determinada pelas múltiplas redes de conhecimento em que nos inserimos. São elas que, na sua relação com a escola, transferem a dimensão do real para o currículo.
Consideramos, nesse sentido, que para se entender o conceito de currículo é preciso ter em atenção a forma como esses processos se desenrolam na prática. É no espaço-tempo da escola que se desenha o currículo, através de acordos e mudanças que é necessário rever quase quotidianamente, e não através de determinações legais.

Que respostas nos permitem ir além da visão de currículo como conteúdos prontos a serem passados aos alunos?

O currículo não se resume àquilo que é determinado pela via oficial. Na verdade, existem elementos que se refletem na prática quotidiana da escola, na qual participam sobretudo professores e alunos, mas também outros atares da comunidade educativa, e que ajudam a construir aquilo que denominamos por currículo praticado.
É fundamental que os professores e professoras tenhamos com clareza que os currículos com base apenas na oficialidade de conhecimentos tentam impedir que outros conhecimentos que circulam nas escolas à nossa revelia sejam discutidos e tratados como conhecimentos.
O currículo é definido pelo conjunto de saberes produzido na escola. Numa proposta de Projeto de aprendizagem, é trabalhar projetos com grupos de alunos que tenham interesses comuns, partindo deles a escolha dos temas de estudo. Daí a idéia de disciplina aos poucos vai se tornando interdisciplinar, e o professor poderá organizar para que alguns temas sejam trabalhados em todos os grupos, explorando a criatividade e os diferentes pontos de vista. Nessa perspectiva, a idéia da aprendizagem de determinados conteúdos por séries, deixa de ter sentido, pois nessa dimensão nos apoiamos nas idéias de Piaget, onde a aprendizagem parte daquilo que o aluno já sabe, ou seja, das suas certezas provisórias em busca das respostas às suas dúvidas, e essas respostas poderão abranger diferentes séries e disciplinas, enriquecendo a grade de conteúdos.

Como podemos trabalhar com a flexibilização da organização curricular tornando-a adequada para a trajetória de uma sociedade complexa e em continuo processo de mudança?

Criar possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível, propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo colaborativo, no qual professores e alunos trocam informações e experiências entre eles e entre as outras pessoas que atuam no interior da escola, bem como com outros agentes externos.

5. Currículo e tecnologia

• Quais as contribuições das TIC ao desenvolvimento de projetos?


O uso das tecnologias de informação e comunicação - TIC na escola, principalmente com o acesso à Internet, contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação. Permitem estabelecer novas relações com o saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais tradicionais, articulando-os com outros espaços produtores do conhecimento.
No ambiente virtual de aprendizagem, todas as áreas poderão colocar seus conteúdos curriculares em formato de atividades como textos, fichas literárias, palavras cruzadas, jogos, link, PowerPoint, editores de textos, planilhas, apresentações etc. Cada pessoa tem a oportunidade de percorrer distintos caminhos, nós e conexões existentes entre informações, textos e imagens; criar novas conexões, ligar contextos, mídias e recursos.
Os participantes desse ambiente são incitados a ler e a interpretar o pensamento do outro, expressar idéias próprias através da escrita, conviver com a diversidade e a singularidade, trocar experiências, realizar simulações, testar hipóteses, resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na construção coletiva de uma ecologia da informação, na qual o foco não é a tecnologia, mas a atividade humana em realização. Cada participante do ambiente compartilha valores, motivações, hábitos e práticas, torna-se receptor e emissor de informações, leitor, escritor e comunicador.
A característica básica é a inter-relação entre pesquisa, formação e prática com o uso da tecnologia de informação e comunicação. Aprende-se a conhecer, aprendendo a fazer e a refletir sobre esse fazer.
Não queremos com isso dizer que o conteúdo perdeu a sua importância, mas salientamos a necessidade premente de mudar a forma de trabalhar conceitos, informações, procedimentos e regras, procurando partir do que é significativo para o aluno, e criar situações que favoreçam transformar os conhecimentos do senso comum em conhecimento científico.

Como se desenvolve o currículo por meio de projetos?

A organização curricular por meio de projetos de trabalho propicia estratégias de organização dos conhecimentos escolares, dispondo os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que se originam no cotidiano dos alunos, facilitando a construção de seus conhecimentos e o tratamento da informação procedente dos diferentes saberes em conhecimento próprio. Neste sentido, a prática pedagógica passa a ser planejada a partir de um ou mais problemas de interesse da comunidade escolar.
Os projetos, têm sido a forma mais organizativa e viabilizadora de uma nova modalidade de ensino que, embora essencialmente curricular, busca sempre escapar das velhas limitações do currículo.
Trabalhar com projetos é uma forma de facilitar a atividade, a ação, a participação do aluno no seu processo de produzir fatos sociais, de trocar informações, enfim de construir conhecimento.

O currículo é definido pelo conjunto de saberes produzido na escola. Numa proposta de Projeto de aprendizagem, é trabalhar projetos com grupos de alunos que tenham interesses comuns, partindo deles a escolha dos temas de estudo.

Currículo, uma prática social - Sendo o currículo uma prática social, no projeto dos índios o currículo, como pratica social, se desenvolve desde a concepção do projeto e roteiro, quando foi necessário repensar sobre a cultura e vida dos indígenas.
Em seguida, o currículo se expande e integra o processo de reconstrução e registro da história, contexto e cultura do povo indígena com o uso de instrumentos culturais produzidos pela sociedade globalizada. Esses instrumentos também fazem parte do currículo e estruturam os modos de representação e atribuição de significados dos conteúdos registrados.
Para chegar à produção do vídeo, foi concebido um projeto e especificado um roteiro, porém, ao comparar o resultado alcançado com a proposta inicial, percebe-se que durante a trajetória da produção ocorreu um processo de transformação.
O uso de tecnologias para produzir o vídeo e, simultaneamente, registrar o processo desenvolvido ao longo do projeto permite identificar quais conhecimentos mobilizados na ação foram previstos e quais conhecimentos emergiram no andamento da ação sem que fossem previstos a priori.
Assim, as tecnologias ajudam a registrar processos e produtos envolvidos em um projeto e explicitam os conhecimentos trabalhados, isto é, o currículo vivido.

Um currículo é uma tentativa de comunicar os princípios e aspectos essenciais de um propósito educativo, de modo que permaneça aberto a uma discussão crítica e possa ser efectivamente realizado

quinta-feira, 10 de junho de 2010

TECNOLOGIA, CURRICULO E PROJETOS

Pedagogias de projetos: fundamentos e implicações.

O trabalho com projetos no contexto educacional, faz o professor refletir a respeito de uma nova forma de aprender envolvendo as diversas mídias na escola e relacionar os conteúdos de várias áreas do conhecimento com as diferentes mídias. Dessa forma, é necessário que o professor tenha conhecimento sobre o funcionamento a respeito das mídias utilizadas. Deve-se considerar que existem algumas situações na escola em que não é possível a prática da pedagogia de projetos e o professor deve partir para outras ações. Portanto, o compromisso do professor, é identificar e organizar as ações pedagógicas e também perceber quando precisam ser realizadas ou modificadas. Deve questionar se a prática educacional utilizada condiz com a realidade; a participação dos alunos no processo de aprendizagem; se há satisfação do professor e alunos nas suas atuações; refletir sobre a prática pedagógica; se vale a pena insistir na ação existente ou, repensar, desafiar, por em prática.

Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador - O papel do computador no processo ensino-aprendizagem.

A análise sobre as questões técnicas e pedagógicas da informática na educação, ressaltam a importante atuação da tecnologia executada pelos alunos, orientados pelo professor e mediados pela tecnologia.
Nesse aspecto, a experiência pedagógica do professor é fundamental. Os grandes desafios estão na combinação do técnico com o pedagógico, e na formação do professor para que ele saiba orientar e desafiar o aluno para que a atividade computacional contribui para a formação de novos conhecimentos e que, associados a outras tecnologias, introduz novas formas de fazer e de interagir, modificando a maneira de pensar e aprender. Portanto torna-se necessário refletir sobre os mesmos em cada atividade que se pretende realizar.

Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídia.

O texto pretende explorar aspectos, explicitando a importância da formação do professor para que ele tenha condições de desenvolver práticas pedagógicas com projetos que favoreçam a recontextualização do conhecimento na escola e na vida do aluno, a produção colaborativa de representações que engajam os alunos como aprendizes, construtores de significados.
Para compreender as contribuições ao ensino e à aprendizagem, propiciadas pela prática pedagógica com projetos, com o uso de tecnologias, é importante considerar três aspectos fundamentais.
· Explicitação daquilo que se deseja atingir com o projeto e às ações que se pretende realizar – o registro de intenções, processos em realização e produções.
· Integração das tecnologias e mídias, explorando suas características constitutivas, de modo a incorporá-las ao desenvolvimento de ações para agregar efetivos avanços.
· Conceitos relacionados com distintas áreas de conhecimento, que são mobilizados no projeto para produzir novos conhecimentos relacionados com a problemática em estudo.


Articulações entre áreas de conhecimento e tecnologia – Articulando saberes e transformando a prática.

A autora acentua neste texto a necessidade de dar nova vida ao currículo da escola, isto é, repensar a estrutura do sistema de ensino, especialmente as questões de ensino e aprendizagem. Ressalta a importância da tecnologia ser incorporada à sala de aula, à escola, à vida e a sociedade tendo em vista a construção de uma cidadania democrática, participativa e responsável. Embora, a tecnologia seja um elemento da cultura bastante expressivo, ela precisa ser devidamente compreendida em termos de uso na prática pedagógica.
Os recursos pedagógicos da Internet, a pesquisa, a comunicação e a representação podem ser utilizados de forma articulada. A comunicação mediada por computador assume um papel de extrema importância quando se dimensiona sua capacidade na troca de informações, formação de opinião e troca de experiências. No âmbito educacional pode exemplificar a multiolicidade de recursos que podem ser utilizados em situações de aprendizagem. Há varias formas desenvolvidas pela tecnologia em que essa troca pode ocorrer: sites de busca; correio eletrônico; Fórum de Discussão e Chats. Em todas essas formas de comunicação, pode haver o papel do professor, que tem o papel de motivar, não deixar dispersar e orientar em muitos casos as discussões.

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS E TECNOLOGIAS

Interdisciplinaridade – Refletindo sobre algumas questões

A finalidade da interdisciplinaridade escolar é a difusão do conhecimento, voltada para favorecer ao aluno à integração de aprendizagem pelo estabelecimento de ligações de complementaridade entre as disciplinas escolares.
Não é mais possível cada professor pensar seu curso isoladamente. Assim não dará conta dos problemas levantados pelos alunos e pela nossa sociedade. O conceito moderno de trabalho não aceita esse isolamento para produção de conhecimento. O conhecimento é um ato produzido socialmente. Portanto, nada mais razoável do que a busca de uma visão de conjunto, capaz de integrar as diversas dimensões disciplinares e transdisciplinares. Todo modo de agir responsável procura essa integração interdisciplinar, com a colaboração dos professores e dos alunos.


Como se Trabalha com Projetos

A autora trata neste texto, alguns conceitos essenciais para o trabalho com projetos, no qual considera o aluno sujeito da aprendizagem – ativo e autônomo para criar, construir e representar o conhecimento. Aponta competências desenvolvidas nesta prática, que tende à interdisciplinaridade.
O professor precisa ter clareza de sua intencionalidade e também do que o aluno está se propondo a desenvolver. A todo momento, deve rever a descrição inicialmente prevista para poder levar avante sua execução e reformulá-la de acordo com as necessidades e interesses dos sujeitos envolvidos, bem como da realidade enfrentada.
Trabalhar com projetos só tem sentido quando parte das questões de investigação, estiver sempre comprometido com ações, aberto e flexível ao novo.


Ensinar e aprender com o computador: a articulação inter-trans-disciplinar

Trata-se de uma nova cultura educacional que se efetivará por meio de uma mudança radical da escola que vem ao encontro de uma demanda da sociedade pela formação de cidadãos com capacidade de
trabalhar em equipe, tomar decisões, comunicar-se com desenvoltura, ser criativo, formular e resolver problemas.
As novas tecnologias de informação e comunicação são usadas para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de ambientes de aprendizagem que privilegiam a construção do conhecimento, a comunicação e a inter-relação entre disciplinas. Essa prática pedagógica é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, a escola e seu entorno e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente, denominado ambiente de aprendizagem.
Atuação do professor nesse novo ambiente de aprendizagem ocorre no sentido de promover a interação e articulação entre conhecimentos de distintas áreas, conexões estas que se estabelecem a partir dos conhecimentos que os alunos trazem de sua realidade, bem como de suas expectativas, necessidades e desejos.


Projeto: uma nova cultura de aprendizagem

Projeto não é apenas um plano de trabalho ou um conjunto de atividades bem organizadas. Há muito mais na essência de um bom projeto. É preciso atribuir perspectivas políticas, estéticas, afetivas e tecnológicas ao saber para que tenha significado de valores humanos.
O desenvolvimento de um projeto envolve um processo de construção, participação, cooperação e articulação.
A prática pedagógica por meio do desenvolvimento de projetos é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias, e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente de aprendizagem. Trata-se de uma nova cultura do aprendizado que ocorre por meio da interação e articulação entre conhecimentos de distintas áreas.
O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Ele torna-se o consultor, articulador, mediador, orientador, especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno.


Repensar as situações de aprendizagem:o fazer e o compreender

A intenção deste Texto é a de mostrar a importância da diversidade de práticas pedagógicas, usando diferentes dinâmicas, como meio para promover a construção do conhecimento pelo aprendiz. A solução para uma educação que prioriza a compreensão é o uso de objetos e atividades estimulantes para que o aluno possa estar envolvido com o que faz.
Para tanto, o professor precisa estar preparado para recriar sua prática, articulando diferentes interesses e necessidades dos alunos, o contexto, a realidade e a sua intencionalidade pedagógica. Como educador, ele deve estar consciente da direção que as atividades educacionais devem assumir e que objetivos devem ser atingidos.
Segundo Becker (1993:122) “A aprendizagem do aluno só acontece na medida em que este age sobre os conteúdos específicos e age na medida em que possui estruturas próprias, previamente construídas ou em construção”. Portanto, a construção do conhecimento envolve conteúdos específicos e conteúdos estruturais. Cabe à pedagogia propiciar condições para a construção progressiva dessas estruturas, por meio de métodos ativos que envolvam a experimentação, a reflexão, a descoberta.
Piaget enfatiza que “compreender é inventar, ou reconstruir por reinvenção”.
Portanto, fazer é uma condição necessária, mas não suficiente para a compreensão. Entretanto é preciso considerar a distinção entre o fazer e o compreender para que a prática pedagógica tenha uma perspectiva reflexiva, não se restringindo ao fazer. “Fazer é compreender em ação uma dada situação em grau suficiente para atingir os fins propostos, e compreender é conseguir dominar, em pensamento, as mesmas situações até poder resolver os problemas por elas levantados, em relação ao porquê e ao como das ligações constatadas...” (Piaget, 1978:176).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lev Vygotsky: a zona proximal de desenvolvimento

Vygotsky – O Teórico Social Da Inteligência
Dono de uma inteligência brilhante, acabou por elaborar uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas.Defendeu que o próprio desenvolvimento da inteligência é produto dessa convivência. Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.
A teoria de Vigotsky tem como perspectiva o homem como sujeito total enquanto mente e corpo, organismo biológico e social, integrado em um processo histórico.
Enfatiza que a aprendizagem se encontra envolvida no desenvolvimento histórico-social do sujeito e que esse desenvolvimento não ocorre sem a presença da aprendizagem - que é a fonte do desenvolvimento.
Segundo Vygotsky, a evolução Intelectual é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro. A fim de explicar esse processo, ele desenvolveu o conceito de ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, que definiu como a “distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”.

Jean Piaget: a epistemologia genética

Para Piaget, o conhecimento não é transmitido. Ele é construído progressivamente por meio de ações coordenações de ações, que são interiorizadas e se transformam.
Piaget, Como biólogo, inspirado pelas observações das influências que os organismos sofrem do meio em que vivem, conclui que as trocas que os indivíduos realizam com o meio são responsáveis pelas mudanças nas estruturas mentais. Esta visão deu origem às teorias de Freire, Vygotsky e Wallon, que entendem o conhecimento como algo que é construído pelo sujeito, em interação com o mundo dos objetos e pessoas.
Piaget mostrou que a passagem do sucesso prematuro para a conceitualização é realizada em três fases: na primeira, a criança negligencia todos os elementos envolvidos na tarefa; na segunda, coordena alguns elementos, e na terceira, coordena todos os elementos envolvidos na tarefa. Estas observações são fundamentais para entender as relações que devem acontecer entre alunos e objetos, e que devem fazer parte de um ambiente de aprendizagem.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dewey: o método por descoberta

A base teórica e os primeiros ensaios do "Método de Projetos" foram realizados por John Dewey.
Dewey acreditava que, mais do que uma preparação para a vida, a educação era a própria vida. Assim, aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante de fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos e ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada.

MARIA MONTESSORI

Notamos especialmente a devoção à inteligência em contraposição à força, justamente aquilo que a pedagogia preza através de suas ações, seja naquele lado do mundo ou neste em que nos encontramos.“o fraco e flexível é mais forte que o forte e rígido” ou ainda “que o mundo não pode ser plasmado a força” e que, por isso, “ao sábio não interessa a força”...
Percebemos nessas linhas apenas um pouco daquilo que podemos considerar como a mística oriental celebrada com sabedoria e simplicidade
“A criança não pode levar uma vida normal no mundo complicado dos adultos. Todavia é evidente que o adulto, com a vigilância contínua, com as admoestações ininterruptas, com suas ordens arbitrárias, perturba e impede o desenvolvimento da criança. Dessa forma, todas as forças positivas que estão prestes a germinar são sufocadas; e a criança só conta com uma coisa: o desejo intenso de livrar-se, o mais rápido que lhe for possível, de tudo e de todos”.
(Maria Montessori).

Paulo Freire: a educaçao progressista e emancipadora

O professor precisa perceber como descreve Paulo Freire, a importância da
organização de seu trabalho para a realização efetiva de suas atividades diárias objetivando o alcance maior de sucesso com seus alunos, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Isso significa que o professor que busca e questiona, atua efetivamente no resultado positivo em sala de aula, tanto nas avaliações propriamente ditas, como na formação de educandos conscientes e críticos. Essas atividades são inerentes à natureza do trabalho do professor e podem ser entendidas como inerentes, também, às atividades do pesquisador.
“Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu
entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade
ou forma de ser ou de atuar, que se acrescente à de ensinar. Faz
parte da natureza da prática docente a indagação, a busca e a
pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente,
o professor se perceba e assuma, porque professor, como
pesquisador”. (MOURA & BARBOSA, 2006 apud FREIRE, 2002)

Fernando Hernandez

Destaca como princípios da Metodologia de Projetos.
“Métodos de projetos, centros de interesse, trabalho por temas,
pesquisa do meio, projetos de trabalho são denominações que se
utiliza de maneira indistinta, mas que respondem a visões com
importantes variações de contexto e conteúdo” (HERNADEZ, 1998).
“É necessário destacar o fato de que as diferentes fases e atividades
que se devam desenvolver num projeto ajudam os alunos a serem
conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do
professorado responder aos desafios que estabelece uma
estruturação muito mais aberta e flexível dos conteúdos escolares".
(HERNÁNDEZ, 1998)
Contempla os projetos como eixo central da filosofia construtivista na sala de aula dizendo que “... aprender a pensar criticamente requer dar significado à informação, analisá-la, sintetizá-la, criar novos materiais e idéias,... e envolver-se mais na tarefa de aprendizagem”.
“... os projetos de trabalho além de conectar-se com uma tradição
educativa que trata de vincular o que se aprende na escola com as
preocupações dos alunos, as questões controversas, os problemas
que estabelecem a realidade fora da escola e de fazer com que os
alunos chegassem a ser protagonistas da aprendizagem...”
(HERNANDEZ & VENTURA, 1997)

Ovide Decroly: médico e educador belga

O médico e educador belga defendia a idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo. O primeiro a tratar o saber de forma única. Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender.

Friedrich Froebel: O criador dos jardins-de-infância

O criador dos jardins-de-infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática.
Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade.
Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como:
• o educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade;
• o educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade;
• o educador deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que com mão flexível, mas firme, exija e oriente. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta mas deixa em liberdade, é firme mas concede;
• o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento: vão desde que o homem nasce até a adolescência.
Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e liberdade.

Pestalozzi: Mentor e reformador da escola popular

Considerado um grande humanista e pedagogo, cuja Filosofia contribuiu para a educação moderna, que se prolongou até aos nossos dias.

Resume-se assim as principais idéias da pedagogia Pestalozziana:

1ª “Idéia da educação humana baseada em a natureza espiritual e física da criança”;

2ª Idéia da educação como desenvolvimento interno, formação espontânea, embora necessitada de direção;

3ª Idéia da educação baseada nas circunstâncias em que se encontra o homem;

4ª Idéia da educação social e da escola popular, contra a anterior concepção individualista da educação.

5ª Idéia da educação profissional, subordinada à educação geral.

6ª “Idéia da educação religiosa íntima, não-confessional;” (A pedagogia no século XVIII, pág. 178*).

terça-feira, 4 de maio de 2010

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ASPECTOS GERAIS DOS PROJETOS


a) Não existe passos formais, ordem pré-estabelecida, nos projetos. Existe contudo uma seqüência natural de passos: imaginar alguma coisa, projetá-la claramente, recorrendo à informação e à pesquisa, executá-la e julgá-la.
b) Convêm que os projetos sejam propostos pelos próprios alunos e orientados pelo professor. Se não houver iniciativa da classe, o professor fará propostas.
c) O projeto implica ensino globalizado. Não há disciplinas isoladas.
d) O projeto conduz ao trabalho em comunidade. A tarefa nunca é de um só, mas de toda a classe ou de grupos.
e) Proposto o trabalho, o professor torna-se um conselheiro discreto, atendendo solicitações, encaminhando, estimulando neste ou naquele ponto. Orientar sempre, sem contudo impor ou inibir iniciativas.
f) O sistema de projetos não oferece desculpas para a indulgência ou mero capricho dos alunos, nem justificações para a indisciplina ou desculpa para o trabalho descuidado.












GRANDES PENSADORES

HISTÓRIA

Pensar a escola, uma aventura de 2 500 anos

SÓCRATES - O mestre em busca da verdade
PLATÃO - O primeiro pedagogo
ARISTÓTELES - O defensor da instrução para a virtude
SANTO AGOSTINHO - O idealizador da revelação divina
TOMÁS DE AQUINO - O pregador da razão e da prudência
ERASMO DE ROTERDÃ - O porta-voz do humanismo
MARTINHO LUTERO - O autor do conceito de educação útil
MICHEL DE MONTAIGNE - O investigador de si mesmo
COMÊNIO - O pai da didática moderna
JOHN LOCKE - Um explorador do entendimento humano
JEAN-JACQUES ROUSSEAU - O filósofo da liberdade como valor supremo
JOHANN HEINRICH PESTALOZZI - O teórico que incorporou o afeto à sala de aula
JOHANN FRIEDRICH HERBART - O organizador da pedagogia como ciência
FRIEDRICH FROEBEL - O formador das crianças pequenas
AUGUSTE COMTE - O homem que quis dar ordem ao mundo
KARL MARX - O filósofo da revolução
HERBERT SPENCER - O ideólogo da luta pela vida
ÉMILE DURKHEIM - O criador da sociologia da educação
JOHN DEWEY - O pensador que pôs a prática em foco
MARIA MONTESSORI - A médica que valorizou o aluno
OVIDE DECROLY - O primeiro a tratar o saber de forma única
ÉDOUARD CLAPARÈDE - Um pioneiro da psicologia infantil
HENRI WALLON - O educador integral
ALEXANDER S. NEILL - O promotor da felicidade na sala de aula
ANTON MAKARENKO - O professor do coletivo
ANTONIO GRAMSCI - Um apóstolo da emancipação das massas
CÉLESTIN FREINET - O mestre do trabalho e do bom senso
JEAN PIAGET - O biólogo que pôs a aprendizagem no microscópio
LEV VYGOTSKY - O teórico do ensino como processo social
ANÍSIO TEIXEIRA - O inventor da escola pública no Brasil
CARL ROGERS - Um psicólogo a serviço do estudante
B.F. SKINNER - O cientista do comportamento e do aprendizado
HANNAH ARENDT - A voz de apoio à autoridade do professor
FLORESTAN FERNANDES - Um militante do ensino democrático
PAULO FREIRE - O mentor da educação para a consciência
EDGAR MORIN - O arquiteto da complexidade
MICHEL FOUCAULT - Um crítico da instituição escolar
LAWRENCE STENHOUSE - O defensor da pesquisa no dia-a-dia
PIERRE BOURDIEU - O investigador da desigualdade
EMILIA FERREIRO - A estudiosa que revolucionou a alfabetização
HOWARD GARDNER - O cientista das inteligências múltiplas